sábado, 18 de julho de 2015

Pai Divino

                                                           

Agora eu sou
Esqueça esse escudo
Agora eu vou
E depois de toda essa pequeneza
Me leva pro mundo
Com toda essa certeza
De que não sou mais mudo
Com essa riqueza
De quem não sabe de tudo
Que quer aprender a ver
Aprender a sentir de novo
Vestir de amor meu ser

Disseram-me tanto
E ao mesmo tempo disseram-me nada
Foi tudo pranto
Historia mal acabada

Já deu-se a hora
Primavera
Beltane agora
Ja deu-se o dia
A noite é Dele e eu sou sua aurora
Pai cornudo
Pai da selva me protege
Grande chifrudo

Mãe das mães
Acompanha-me  tanto
Grande triplice
Que seca meu pranto
Renasce em mim
A alegria a esse canto

Esse timbre
Essa voz
Ja não me afeta
Não me é atroz

E eu to livre
Na selva Dele
E eu sou poesia
Em tuas mãos
E teus cascos me levam
Lavam
Elevam
Tua galhada me faz forte
Tua gargalhada me faz noite
E tua voz me é o norte

Ja deu-se a hora
Não sou presa a grilhões
Eu sou aurora
Feita de estrelas em seus milhões

Deslizando na imensidão
vivendo a base de harmonia
Enxergando aqueles que me tiraram os grilhões
Nessa falta de nostalgia
Amando a mim mesma e o divino
Amando toda essa euforia
Em toda essa plenitude
Toda essa alegria
 


segunda-feira, 15 de junho de 2015

Eu nao sou ação
Talvez as agora seja muito
Mas eu fui tanto a reflexão
   
Da tanta amargura
Ardor que dilacera
Ferida putrida que não se cura

Ultimamente eu sou clichê
Cigarros na mão
E muito a beber

Venho ser tontura
Ta tão torpe
Eu virei criatura

Criação
Medo
Unção
Emancipação    
Fruto antigo
Ancião

Tornar-me-ei fumaça
E você não me toca
Essa tua carcaça
Tornar-me-ei pra ti escassa
Tua desgraça        

Sol de noite
Andando por ai
Com mão firme no açoite

 Há uma razão
Uma história
Uma facção
Uma retórica
Uma degeneração
De toda essa imundície        
Dessa inibição                

                             
Esquecendo essa moral
Falácia
Rompendo com o total
Com essa miragem
Com esse banal

Metamorfose
Uma crisálida
Uma miragem
Mutação constante
Viagem

domingo, 15 de março de 2015

Receptáculos de carne. Templos do Divino. Renasce amor a cada vida.


Pra que eu ainda pergunto?
Você? Você não é nada mais
Que um frio defunto
Sem movimento, sem capacidade
Você não tem muito
Não tem vontade ou tenacidade
Nao tem intuito
Não tem seriedade

Eu não posso esperar
Eu não quero
Eu não vou orar
Eu sou o eterno
Mas você
Sua carne
Não crê
Na verdade

O que o presente canta
É composição do passado
O que o espírito manda
É canção de condenado
Na vida antiga
Na nossa outra encarnação
Nessa cantiga
Encenação
E eu ja o conhecia tao antes
Que me reverbera no coração
Nessa existência eu reconheço
Desde o ventre sinto sua distância
Sua presença
Sua inconstância
Desde sempre
Sua mudança

Ja fomos tantos
Ja existimos em quantos?
Você não faz idéia
Mas todo esse encanto
É uma sensação
De puro tato
De pura necessidade e amarração
É inato
É tudo no coração

Você nao entende
Isso é descendente
É perpetuado
É diferente
Com outro você não sente
É de dentro da sua mente
Coração alma residente

É de tão distante
Tão perfeito
Tão extasiante
Tão exato
Tão excitante

Você não é essa carne morta
Esse ser
Que cai e se corta
Você é espírito
Vivendo comigo nessa forma
E em todas as outras passadas
A gente se ve e se uni de maneira morna
Fervente ou torta

Você ja pode ter sido ela
Mas nunca foi lua
Você é tão solar
Enquanto eu sou passiva e tua
Eu posso ter tido sangue da tua carne
Mas hoje sou apenas uma
Eu reconheço teu cerne
De tantas vezes ver enquanto a alma cresce

E de todas as minhas vidas
Essa é melhor
Por que finalmente nessas idas
Eu posso sentir seu calor
Eu posso ficar com você
Eu posso sentir seu teor
Sem ninguém me punir
Sem ninguém pra me redimir
Apenas eu e você
Almas e prazer.




sexta-feira, 6 de março de 2015

Desisti de ti...



Eu não desisti
Cansei
Não reprimi
Parei

Quem não liga
Tem poder
Mas não é sinônimo de felicidade
O que me intriga
É saber
Desde o início sobre a falta de reciprocidade
E mesmo assim ter continuado

Fica cada vez menos interessante
Menos febril
Menos marcante
Você fica
Entediante
Pedante

A cada dia eu vejo menos retórica
Mais bobeira
Menos história
Conteúdo que é bom, nem mostra

Ficou previsível
Mais ausente
Mais descontente
Ta um saco
Entediante
Sempre só o mesmo 'macho'
Menos intrigante
Mais pra baixo

Aquela vontade lasciva
De te colocar na boca
E te sentir gozar
Acabou, e eu to oca
Você  agora so faz entediar

Eu ainda quero
Não é que sumiu
Eu ainda sinto
Só diminuiu
Aquele tesão gostoso
Não foi por completo que extinguiu

Mas não faz mal
Relaxa
Eu sei que passa
Você é so mais alguém
Não é insubstituível
Nem é algo incrível
Logo eu esqueço
Do um jeito e me aqueço.

E que não me falte flor, que não me falte amor, que não me falte amigo, pra passar por essa dor. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Não deixa passar..


Não da pra me perder
Isso vai mudar
Esquece o que conheceu
Eu não vou te procurar
Eu sou mundo
Eu sou altar
Sacro
Eu sou mais do que você pode carregar

Hei de andar
Fazer o mundo girar
Teus lábios, o gosto que me faz gozar
Distância, o motivo que me faz abandonar
Não entenda mal
Não é sutil, eu cansei de esperar

Faça algo
Faça ser
Mova-se
Ou eu vou te esquecer
Não espera
Não me faz perecer
Não enterra
Não espera isso tudo apodrecer
Putrefar
Entristecer

Aperta o peito
Escorre vermelho
Sangue fresco
Quente viscoso
Tudo ardendo
Rabicundo  desgostoso

Faz doer
Faz machuar
Faz corroer
Faz ignorar
É o que você melhor sabe fazer

Eu não vou
Eu não estou
Eu não quero
Eu não espero
Não me desespero
Eu so tento
Só esqueço
Vou apagando
E as vezes; sem querer
Infelizmente, vou relembrando









terça-feira, 3 de março de 2015

Escrever sem inspiração
É beijar sem paixão
É transar sem tesão
É fazer qualquer coisa s vontade ou razão